Ace Championship é mais do que apenas uma série alimentadora da Fórmula E
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Ace Championship é mais do que apenas uma série alimentadora da Fórmula E

Jan 12, 2024

"Não há nada no meio."

O fundador e CEO do Ace Championship, Dilbagh Gill, está explicando a motivação por trás da construção de outra série de corrida totalmente elétrica. Gill, que foi CEO e chefe de equipe da Mahindra Racing desde o início da Fórmula E, deixou seu cargo no ano passado para embarcar em algo novo. Seu projeto é aquele que estava "fermentando" em sua mente por um ano e meio. “Sempre pensei que deveria haver uma escada confiável na série de corridas elétricas”, disse ele.

Gill explicou que, embora as corridas tradicionais com motores de combustão tenham um caminho de desenvolvimento há décadas, não há nada atualmente entre o kart elétrico e os campeonatos mundiais da FIA como a Fórmula E. "Não é algo que estamos tentando reinventar", disse ele. "Estamos apenas tentando levar a escada na outra direção."

Um grande obstáculo para os jovens pilotos subirem no automobilismo é o custo. Não basta o piloto ser rápido, ele também precisa do apoio financeiro. Assim, além de criar um novo campo de treinamento para futuros campeões, a Ace também está trabalhando para reduzir a barreira de entrada no que diz respeito ao custo do equipamento. "Eles têm talento, mas não têm oportunidade", observou Gill. "Vamos tentar fazer um campeonato que seja mais inclusivo do que o automobilismo é hoje."

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O Ace Championship não espera apenas desenvolver uma nova safra de pilotos a cada temporada. A série também oferecerá oportunidades para pessoas de 15 a 25 anos interessadas em engenharia, comunicação, marketing e outros aspectos do automobilismo para obter experiência no mundo real. Gill disse que durante seus oito anos na Inglaterra no comando da Mahindra Racing, as palestras abriram seus olhos para o fato de que quase 30 por cento dos estudantes universitários em disciplinas de automobilismo eram da Ásia. "O que eles vão fazer depois?" ele se perguntou. "Algo como [Ace] poderia ajudá-los a encontrar um caminho?" Gill explicou ainda que a Ace ofereceria um programa de bolsas de estudo para reduzir ainda mais a carga financeira. "Algumas pessoas talentosas que não podem entrar, nós as apoiaremos", disse ele.

Como forma de reduzir custos, as equipes poderão rodar quatro pilotos com dois carros. Na maioria das séries atuais, cada piloto tem seu próprio veículo – daí o alto custo para participar. O Ace Challenger será o formato básico da série, destinado a pilotos que obtiveram sucesso no kart e buscam uma experiência de academia. Aqui, as corridas serão realizadas com potência reduzida para que os pilotos possam se acostumar com o carro, bem como aprender sobre "técnica, tecnologia e colaboração com engenheiros". Ace Championship é o nível mais alto que dirige os carros com maior potência. O foco muda do básico para coisas como estratégia de corrida detalhada e gerenciamento de energia – dois elementos-chave para a Fórmula E e outras séries.

Para nivelar ainda mais o campo de jogo, Ace manterá todos os carros em seu chamado Powerpark. "Não queremos que os carros voltem para suas garagens para começar a ser modificados", explicou Gill. "Queremos mantê-los em um ambiente controlado." Ele também enfatizou a importância de construir as instalações na Ásia. “Achamos que a Ásia será o caldeirão [para as corridas elétricas]”, disse ele. "A partir daí, estamos a cinco horas de voar para três ou quatro regiões."

Servindo como sede da série, o campus oferecerá simuladores para cada equipe, bem como treinamento em sala de aula sobre temas como telemetria, trabalho com engenheiros e gerenciamento de mídia social. A preparação será fundamental porque o formato atualmente proposto faria com que cada equipe viajasse por cerca de 10 semanas antes de retornar ao Powerpark. Isso significa que eles terão que criar estratégias para cada circuito antes de partir, já que não haverá simuladores para treinar enquanto estiverem na estrada.